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20 dezembro 2006

Chuva, proximidade do Natal e 118 kms de lentidão em São Paulo

Nesta quarta-feira novamente uma breve, porém forte chuva atingiu a cidade de São Paulo na parte da tarde. E novamente eu havia ido ao trabalho de bicicleta (sábia decisão, hehehe).

A chuva de hoje foi forte o bastante para causar 10 pontos de alagamento pela cidade, além de vários problemas na rede de distribuição de energia elétrica, deixando inúmeros semáforos desligados ou desprogramados (quando eles ficam apenas no amarelo piscante). E o trânsito, que já não está bom esses dias devido a proximidade do Natal, ficou uma lástima!

Oficialmente, o índice de lentidão divulgado pela CET foi de 118 kms, registrados às 17:30, porém eu pude verificar o quanto ele estava ruim no meu caminho de volta para casa, entre 20:05 e 20:45. Mesmo após as 21:00 hrs, ruas que normalmente são calmas tinham filas de carros. Ruas e avenidas que têm um movimento grande, porém normalmente fluem sem problemas, estavam completamente paradas, e as que já têm problemas normalmente, eram as campeãs em número de motoristas estressados, buzinando incessantemente e fazendo barbaridades pelo trânsito, como transitar pela contra-mão! Até uma colisão entre dois veículos eu pude escutar, logo após eu passar pelo local onde ela aconteceu, já próximo de casa, na rua Cubatão.

Se por um lado os motoristas ficam estressados em seus carros, parados em fila nos congestionamentos, eu, quando estou de bicicleta e passo por uma situação destas, fico muito mais animado e disposto, por ter toda a liberdade que a bicicleta me proporciona, driblando estes congestionamentos, escolhendos meus próprios caminhos e me locomovendo de maneira independente, saudável e ecologicamenet correta! Esta sensação é muito boa, e eu gostaria que alguns dos motoristas que me viram passar por eles hoje pudessem experimentar.

Se você é um destes motoristas, faça um pequeno teste! Começe a usar a bicicleta para passear, inicialmente em parques, depois algumas ruas calmas, até adquirir confiança, conhecimento da bicicleta e preparo físico para encarar uns 20 kms de pedalada em ritmo leve. Então, participe de um dos passeios noturnos de bicicleta que existem em São Paulo, para aproveitar o verão e também experimentar a sensação de passar por ruas e avenidas mais movimentadas, com toda a segurança que o grupo proporciona, para finalmente poder encarar sozinho e sem incidentes ou sustos as ruas de São Paulo, mesmo com todo este trânsito que eu presenciei hoje. Você vai ver que realmente o esforço lhe trará recompensas!

19 dezembro 2006

Novamente: carro é mais lento do que bicicletas em SP!

Faria Lima é a avenida mais lenta de SP
Fonte: Folha de S.Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u129511.shtml)

Nos horários de pico, o motorista de automóvel circula em São Paulo com velocidade média inferior à de bicicletas e próxima à de uma carroça em alguns dos principais corredores comerciais e de serviços e em vias com faixas exclusivas de ônibus à esquerda, conforme dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Na lista de lugares onde, no período das 17h às 20h, os veículos enfrentam maior lentidão, destacam-se as rotas da av. Brigadeiro Faria Lima/Hélio Pelegrino, que teve média de 9,7 km/h em 2005, e a do corredor Consolação/Rebouças/Eusébio Matoso, com 10,4 km/h.

O ranking da lentidão na capital paulista também mostra que, pela manhã, as velocidades são menores no eixo da avenida Brasil/Pedro Álvares Cabral, com 11,4 km/h, e no da Cardeal Arcoverde, com 11,6 km/h. Segundo Humberto Pullin, engenheiro civil que é consultor em transportes, uma bicicleta, num ritmo conservador, anda a 15 km/h e uma carroça, a 8 km/h. A pé, é possível se deslocar a 5 km/h - sem correr.

Os dados que dimensionam como os motoristas andam devagar nos horários mais críticos são um retrato do número crescente de veículos nas vias públicas, ao mesmo tempo em que não há mais espaço para a expansão da malha viária.

Só de um ano para cá a quantidade de veículos da capital paulista registrados no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) saltou de 5,31 milhões para 5,58 milhões. Na prática, um adicional de 275 mil, 754 novos diariamente.

Não é à toa que motoristas como Everaldo Mourão, 60, advogado, que trabalha e mora próximo da Faria Lima, diz que está "cada vez pior". "E esta semana possivelmente será a pior de todas", afirmava ontem ele, em referência à última semana de compras de Natal. "Não há nem opção de caminho", diz.

"Durante a semana, levo uma hora. Em final de semana, já fiz a rota em 15 minutos", reforça Felipe Rainho, 27, estudante que trabalha na Faria Lima e mora perto do Morumbi. Nem a inauguração de um túnel, em 2004, no cruzamento com a Rebouças, foi suficiente para agradar aos condutores. Nem seria, segundo a avaliação de boa parte dos especialistas.

Muitos ainda citam medidas pontuais para quem anda de automóvel - como investimentos em semáforos inteligentes (que regulam o tempo em que ficam verdes de acordo com a quantidade de veículos em cada sentido), redistribuição da jornada de trabalhadores, restrições às entregas diurnas.

Mas a maioria condena a prioridade dada pelo poder público à fluidez dos carros e afirma que a única solução consistente é restringir sua utilização e investir em mais transporte coletivo e nos deslocamentos de pedestres e de bicicletas.

"Não há solução. Qualquer solução já feita em qualquer lugar do mundo desafogou por um certo tempo e depois causou congestionamento maior", diz Claudio de Senna Frederico, ex-secretário dos Transportes Metropolitanos. "O erro de todas as medidas relativas ao trânsito é focar no trânsito e em congestionamento. Só existe uma fórmula: menos carro."

Alguns eixos comerciais ou de serviços, como Faria Lima, Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde, sempre tiveram velocidades baixas não só por concentrarem pólos de atração de tráfego como por autos em busca de vagas para estacionar. A orientação ao motorista é sempre evitá-los, mais ainda em época de festas como Natal.

Já alguns corredores como Francisco Matarazzo/São João e até Consolação/Rebouças/ Eusébio Matoso foram marcados nos últimos anos por uma redução mais acentuada da velocidade em razão da implantação de faixa exclusiva para os ônibus. Algo que piorou a situação dos carros, mas melhorou a dos coletivos, que passaram a andar próximos dos 20 km/h.

Na rota da Francisco Matarazzo/São João, a queda em alguns horários foi de 24,2 km/h para 14,6 km/h desde 2000.



Complementando a notícia com alguns comentários. Em primeiro lugar, minha média nas ruas de SP, de bicicleta, é de 18 km/h. E eu não sou nenhum aspirante a atleta hehehe!

E em segundo lugar, por necessidade, fui trabalhar de carro hoje, e confirmei o que a notícia diz, pois tanto na ida quanto na volta para casa demorei de carro mais do que eu demoraria de bicicleta!

05 dezembro 2006

Um dia de chuva!

Depois de escrever neste blog sobre "um dia de fúria", hoje estou escrevendo sobre "um dia de chuva"! Sim, choveu muito forte nesta segunda-feira em São Paulo, causando transtornos e prejuízos para muitos, por toda a cidade. O trânsito, como sempre, é um dos primeiros a sofrer.

Hoje o dia começou muito bonito, assim como foram os dois últimos dias do final de semana, com sol e tempo aberto! Por este e outros motivos, eu havia ido trabalhar de bicicleta, como tenho feito com frequência. Mas o dia não iria ficar ensolarado até seu final...

No meio da tarde o céu escureceu, ventos fortes atingiram a cidade e uma chuva intensa começou a cair sobre o asfalto e concreto da metrópole, não parando mesmo com o cair da noite. Quando vi que a chuva ainda estava forte na hora de ir embora (mesmo adiando por um tempo a saída do trabalho), tive que tomar uma decisão: deixar a bicicleta onde estou trabalhando, e voltar para casa de ônibus, enfrentando o trânsito, e também um pouco de chuva (pois eu não tinha um guarda-chuva à disposição), ou enfrentar a chuva com a bicicleta? Bem, para resumir a história um pouco, fui até o térreo e conferi in loco como estava a chuva. "Opa, já não está tão forte! É, vou voltar para casa de bicicleta mesmo, hehehehe!"

Fui ao vestiário e troquei de roupa, como faço sempre que estou de bicicleta, guardando a roupa social na mochila, e vestindo a roupa "esporte", que irá aguentar a suadeira dos 10kms de pedal pela cidade. Mas hoje havia uma nova peça no meu figurino, um elegantíssimo saco de lixo de uns 100 litros, gentilmente cedido pelo pessoal da faxina, que cobriu meu tórax e minha mochila por todo o caminho na volta para casa, protegendo das gotas da chuva!

Ah, a volta para casa com minha bicicleta... Sinceramente, foi uma das "voltas para casa" mais agradáveis que já fiz pedalando! Hahahahahaha!!! Além do clima ajudar, pois não estava calor, e a chuva que não passou de um "chuvisqueiro grosso" enquanto eu ia embora, não há sensação melhor do que deixar para trás uma interminável fila de carros, passando calmamente entre eles a estonteantes 10km/h (sim, devagar, pois eu estava andando entre monstros de uma tonelada, furiosos, gananciosos por espaço e doidos para chegarem no próximo semáforo antes dos demais). Nem uma viatura do corpo de bombeiros, que passou pela Brigadeiro Luiz Antônio pouco antes de eu chegar nela, conseguiu se deslocar mais rápido do que eu, mesmo com sua sirene "aos berros"! E o modelito fashion que eu estava vestindo funcionou perfeitamente! Meu tórax e a mochila estavam impecáveis. Já as pernas, pés e a parte baixa das costas (quadril), estavam bem molhados, porém não tanto dedido à chuva, mas sim à agua que os pneus jogam para cima durante a rolagem.

Enfim... Mais uma experiência para mostrar a mim mesmo (e esse relato aos demais interessados) que bicicleta como meio de transporte urbano é viável SIM! Basta um pouco de bom-senso, criatividade, e pronto! Bicicleta é saudável, ecologicamente correto, economiza e ainda melhora o humor! :-D

03 dezembro 2006

Atualizações

* A partir desta sexta-feira, estamos sem empregada em casa. O salário, passes, INSS/FGTS estavam pesando demais no orçamento, então eu e a Talita tomamos a decisão de cuidarmos da casa nós mesmos. Por enquanto tudo bem (3 dias... heehehehe!);

* E por falar em orçamento, esta semana chegou o condomínio de Dezembro, beirando os 500 reais! MUITO caro...

* Já que estamos falando de dinheiro, esta semana tive algumas "pendências" para resolver com meu banco, que resolveu de uma hora para outra me cobrar taxas de serviços, habilitar e cobrar por DOIS cartões de crédito não solicitados, etc... Aparentemente tudo vai ser resolvido sem maiores problemas (conforme prometido), mas vamos ver!

* E para falar um pouco de transporte: para quem não sabe, eu passei um tempo sem carro, mas agora já estou "motorizado" novamente, com um Gol mil 1997, "pé-de-boi" total, mas que dá pra levar a patroa para um passeio, fazer compras ou até mesmo uma viagem curta! Ainda tenho algumas coisas para fazer no carro, como tentar "refinar" a conversão para álcool que foi feita nele, dar uma geralzinha no sistema de arrefecimento e nas fechaduras, e também nos rolamentos traseiros. Outras coisas serão feitas posteriormente.

* Durante os dias da semana, para ir e vir do trabalho, continuo usando como meio de transporte os ônibus e a minha bicicleta! Aliás, esta semana tive meu segundo pneu furado, por um pedaço minúsculo de arame. O furo era tão pequeno que eu enchia o pneu com a bomba manual, e podia pedalar por uma hora sem problemas. O pneu furou na quinta-feira, mas como eu conseguia usar a bicicleta normalmente, só consertei ele hoje (domingo) heheheehhe! Essa bicicleta as vezes "me deixa sem fôlego", mas ela também me traz muitas alegrias, como ultrapassar uma fila de carros parados no trânsito, ou mesmo quando o fluxo está normal, eu consigo deixar um carro para trás em uma rua devido ao tempo que ele fica parado nos semáforos heehhehe!

* E essa mensagem é para os carros: "Eu não sou o inimigo!". Sim, existem muitas pessoas que acreditam que as bicicletas atrapalham o trânsito da cidade. Eu sei que poucas vezes eu "seguro" um ou dois carros atrás de mim, na faixa da direita, em um trecho onde estou mais cansado ou de subida, mas logo que há um espaço, ou mesmo acesso para a calçada, eu já libero a faixa para os carros passarem. O que eu acho engraçado é que as vezes vejo um caminhão, outro carro (taxistas? Heheehhe) ou mesmo aqueles catadores de papel fazendo coisas PIORES do que isso, e com eles ninguém fica forçando a passagem! Portanto, motoristas, quando tiverem um ciclista a sua frente, tenham um pouco de paciência, pois aquela pessoa não é a responsável pelo trânsito ruim da cidade, pelo contrário, ela colabora para uma melhoria no trânsito, na qualidade do ar, e na qualidade de vida em geral! Interessado no assunto? Visite o site http://apocalipsemotorizado.blogspot.com/.