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26 junho 2006

Notícias gerais das últimas semanas

Depois de um bom tempo sem postar nada aqui, acho que está na hora de postar algo sobre mim mesmo, e não apenas copiar matérias sobre nosso "querido" presidente (já perceberam como eu gosto dele, não?).

Enfim, duas semanas sem atualização, acredito que possa começar escrevendo sobre meu final de semana anterior (17-18/Junho), quando viajei para Presidente Venceslau.

Saída de São Paulo prevista para as 6:00 hrs da manhã, adiando eum uma hora o horário "tradicional" de saída para estas viagens, devido à expectativa confirmada de ausência de trâfego intenso tanto na saída de São Paulo como na estrada. Viagem super tranquila e rápida, sem nenhum tipo de incidente ou susto. Chegamos em Venceslau com apenas 6:30 hrs de viagem, sem precisar abusar de velocidade (não estou nem um pouco a fim de "comprar" uma foto do carro, tirada por algum radar).

Em Venceslau, já sabia que não teria tempo para quase nada, devido à "viagem relâmpago". Almoçei em casa, fui até a casa de minha namorada e fiquei um tempo por lá, aproveitando pra tentar tirar um cochilo (não consegui... não sou do tipo que dorme fácil). Depois, voltamos para minha casa, onde fiz dois "diagnósticos" de problemas no micro de casa e também no de minha namorada, ambos não resolvidos, e já era hora de comer um lanche e começar a se preparar para o evento que me fez ir até Venceslau: o casamento do meu primo! O casamento foi bem legal, a familia reunida. ambiente muito bem decorado, comida excelente, uma pena que tenha acabado cedo, talvez devido à ausência de "aditivos", hehehehe.

Domingão, churrasco em casa na companhia dos pais, assistindo o jogo Brasil vs. Austrália, escutando as pérolas do Galvão Bueno (CALA A BOCA, GALVÃO!) e rindo de meu pai tendo "xilique" a cada bobagem que o Galvão dizia! E para evitar maiores transtornos, mudamos para a ESPN, para assistir ao jogo com uma narração mais agradável. Após o jogo, já era hora de fazer as malas de novo, colocar no carro e encarar os 630 kms de viagem de volta até São Paulo, que novamente foram cumpridos sem incidentes ou mesmo trânsito intenso.

Ah! um detalhe importante é que minha namorada veio para SP junto comigo, para participar de uma entrevista de emprego na segunda-feira. Tudo ocorreu bem com a entrevista, fui com ela até o local, no centro de SP, e ela voltou para casa sem problemas, apesar de não saber andar sozinha em SP e ter medo de se perder. Mas depois descobrimos que o tal emprego que estava sendo oferecido a ela era uma verdadeira ROUBADA, golpe mesmo, onde as pessoas aproveitam os interessados para trabalhar para eles por um mês, fazendo "treinamento" (vendas), para depois serem reprovadas na avaliação teórica e voltarem para casa sem receber um centavo por isso. Mas enfim, temos um grande Deus e ele nos livrou desta armadilha. Nos últimos dias da semana, minha namorada ainda encontrou uma nova oportunidade de emprego, desta vez "de verdade", e ao que tudo indica ela já vai começar a trabalhar nesta semana!

Trânsito em SP
Raiva. Foi o que passei na última sexta-feira, por causa do trânsito de São Paulo, agravado pelo acidente que aconteceu com um caminhão carregando alguns botijões (enormes) de gás. Dois desses botijões se romperam após caírem do caminhão, na Marginal Pinheiros, e com isso essa via foi totalmente fechada no sentido Interlagos -> Castelo Branco, atrapalhando MUITO o trânsito por toda a região Sul de São Paulo. Para chegar ao trabalho, demorei o dobro do que normalmente demoraria, pois além de ter que enfrentar os congestionamentos, havia poucos ônibus nas ruas, pois uma boa parte deles estavam presos no trânsito, na região de Santo Amaro. Este foi um dia em que me arrependi de não ter usado minha bicicleta para vir ao trabalho.

No sábado, como já era esperado, foi mais um dia de trabalho. As diferenças ficaram por conta da presença da minha namorada, que veio comigo e ficou aqui na empresa o dia todo (segundo ela própria, melhor assim do que ficar sozinha em casa, hehehe), e por eu ter tido meu "dia de lider", meio que gerenciando o trabalho de outras pessoas da mesma equipe que trabalharam neste dia. Tudo correu bem, entregamos algumas SIRs, encontramos uma falha e redirecionamos a respectiva SIR, sem grandes problemas...

Já ontem, domingo, aproveitei o dia livre para ir visitar minha prima e sua filhinha, nascida no último dia 31. A nenê está uma gracinha! É um pouco teimosa, mas no geral não é escandalosa não. Chora, como todo bebê deve, mas nada exagerado. Na visita também aproveitei para deixar com eles, especialmente para meu primo e o noivo da minha prima, um VCD que gravei com alguns vídeos de automobilismo que tenho no computador.

Nesta segunda-feira, acordei com a chuva que caiu aqui em São Paulo, já imaginando que teria que encará-la para vir trabalhar... Dei uma enrolada antes de sair de casa, e ela diminuiu (ainda bem!).

Hoje descobri um site legal da C-net com alguns "fatos marcantes" dos últimos 10 anos de internet, entre eles o Top 10 Web Fads: muito engraçado relembrar de alguns e conhecer outros que nem eu conhecia, entre eles o "All your Base are Belong to Us"! Se você tiver curiosidade e entrar aí no link pra conferir, não deixe de também verificar o verbete Engrish no Wikipédia!

12 junho 2006

Lula e a Renda Chinesa

Vou complementar a matéria publicada hoje com mais duas, sobre os programas sociais do nosso presidente Lula. Aí dá pra ter noção de como estes programas são "efetivos", e como eles "obedecem critérios bem definidos" para sua execução. Se você estiver com preguiça para ler, aí vai um resumo: O Lula-lá praticamente está gastando todo o dinheiro que deveria ser utilizado em obras públicas e de infra-estrutura com estes programas sociais, ou seja, fazendo populismo com os recursos da União!

Pense muito bem antes de escolher o seu candidato para as próximas eleições... Você é um dos beneficiados por estes programas? Ou só está vendo o dinheiro da União ser mal gasto?



Programas sociais aumentam renda dos mais pobres e ameaçam contas
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FERNANDO CANZIAN
Enviado especial da Folha de S.Paulo ao Nordeste
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u108466.shtml

O "crescimento chinês" na renda da parcela mais miserável da população brasileira vem provocando um novo dinamismo econômico nas regiões mais pobres do Brasil.

Entre 2001 e 2004, os 10% mais miseráveis do país viram sua renda subir 23,3%. Os 20% mais pobres, cerca de 15%. A tendência, embora com menos força, persistiu ao longo de 2005 e neste ano eleitoral.

O lado negativo, e potencialmente explosivo, é a aceleração dos gastos com benefícios totalmente ou fortemente subsidiados pelo governo federal.

O aumento nos gastos ocorre, principalmente, em detrimento dos investimentos da União. Na prática, é como se o governo trocasse obras por dinheiro na mão dos brasileiros.

Uma combinação de fatores resulta em importante aumento da renda dos mais pobres e na queda da desigualdade. À frente, estão programas como o Bolsa-Família e os benefícios fortemente subsidiados pagos pela Previdência e vinculados ao salário mínimo.

Os reajustes do salário mínimo acima da inflação, mais empregos (3,9 milhões formais no governo Lula), mais crédito e queda nos preços de produtos básicos também contribuem.

O comércio nordestino cresce hoje até quatro vezes mais do que a média nacional. A taxa é de 19,1% ao ano, contra 5% na média do país. A produção industrial na região cresceu 1,2% em abril. No país como um todo, caiu 1,9%. Na Bahia e em Pernambuco, as altas foram de 5,2% e 8,6%, respectivamente.

Em visita a três Estados do Nordeste e a dez diferentes localidades, a Folha de S.Paulo constatou o forte impacto econômico e político do aumento da renda.

Entre 16 famílias visitadas, aumentou o consumo de alimentos, roupas e outros bens. Para todos os entrevistados, sem exceção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está escolhido para 1º de outubro.

Recebe sem contribuir

Hoje, o país paga mensalmente cerca de 30 milhões de contracheques para pessoas incluídas em programas totalmente subsidiados, como o Bolsa-Família, ou fortemente subsidiados e indexados ao mínimo, como os de renda mensal vitalícia, aposentadorias rurais e os que fazem parte da Lei Orgânica da Assistência Social.

Os benefícios são considerados subsidiados porque quem recebe geralmente não contribuiu para a Previdência.

Os 30 milhões de pagamentos já correspondem a R$ 80 bilhões por ano, ou 4,1% do PIB.

Embora individualmente o Bolsa-Família consuma cerca de 10% desse gasto, ele é considerado o principal motor da melhor distribuição da renda.

Em 2006, o Bolsa-Família atingirá o recorde de 11,1 milhões de famílias e R$ 8,5 bilhões --31% mais dinheiro do que em 2005. Neste ano eleitoral, ele entrará pela porta de 21,4% do total de domicílios.

O salário mínimo e outros benefícios a ele indexados também contribuem para o "crescimento chinês" da renda.

Com o reajuste para R$ 350 do mínimo em 1º abril, o governo Lula provocou aumento real de 32,2% nesse rendimento desde a posse. Em oito anos, o aumento real na gestão FHC ficou abaixo de 21%. No Nordeste, 46% do total dos trabalhadores recebem o mínimo.

Em 1994, ano do Plano Real, um salário mínimo comprava menos de 70% dos produtos contidos em uma cesta básica. Hoje, compra duas cestas.



Gastos com programas sociais ameaçam contas do governo
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FERNANDO CANZIAN
Enviado especial da Folha de S.Paulo ao Nordeste
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u108467.shtml

Quanto mais pobre a família, maior tem sido a taxa de crescimento de sua renda no Brasil nos últimos anos. Quando mais rica, menor o incremento.

Por trás do fenômeno, há uma inversão nas prioridades do gasto público no Brasil.

Em menos de duas décadas, com forte aceleração nos últimos anos, o Estado brasileiro cortou investimentos diretos e multiplicou os gastos com benefícios assistenciais e fortemente subsidiados, como o Bolsa-Família e outros vinculados à Previdência Social.

Esses benefícios correspondem hoje a mais de 21,4% do gasto não-financeiro da União. Há duas décadas, somavam 3,1%. Na contramão, os investimentos diretos no período caíram de 16% para menos de 3%.

O especialista em contas públicas Raul Velloso vê como "muito perigosa" a utilização dos benefícios considerados assistenciais da Previdência --e sua vinculação com o mínimo-- no combate à desigualdade.

Velloso calcula em 30 milhões os beneficiários diretos de programas totalmente subsidiados (como o Bolsa-Família) e altamente subsidiados (como aposentadorias rurais e Loas). A conta anual já bate nos R$ 80 bilhões, afirma.

"A ampliação desses programas ocorre sem nenhum controle, como se o Orçamento fosse um saco sem fundo", diz.

Os R$ 80 bilhões subsidiados ou parcialmente subsidiados representam a metade do que todo o setor público pagou em juros de sua dívida em 2005.

Esses gastos estiveram na base da melhora na distribuição de renda. Mas há dúvidas tanto sobre a sustentabilidade como sobre a eficácia de distribuir mais dinheiro e investir menos em infra-estrutura.

Segundo o economista Marcelo Neri, da PUC-Rio, a renda dos 10% mais pobres no país cresceu 23,3% entre 2001 e 2004. A dos 20% mais pobres, 15% no mesmo período.

A tendência, captada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2004, continuou em 2005 e em 2006, embora com menos força.

A ampliação da base de atendimento de programas como o Bolsa-Família e o impacto do salário mínimo sobre a renda dos dependentes da Previdência e, em menor escala, dos assalariados, são os principais motores da continuação de uma melhor distribuição.

Segundo cálculos do economista Ricardo Paes de Barros, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mesmo que o Brasil tivesse obtido crescimento zero em 2004 (em vez dos excepcionais 5,2%), a renda per capita dos mais pobres teria crescido 9% naquele ano.

"Mesmo que o país ficasse estagnado, os mais pobres continuariam achando que estavam na China", afirma.

O economista José Marcio Camargo, sócio da consultoria Tendências, estima que entre 30% e 40% da melhora da renda se deve aos programas sociais. O restante, seria resultado do mercado de trabalho.

Rosani Cunha, secretária nacional de renda e cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, afirma que, considerando o percentual de gasto sobre o PIB, o Bolsa-Família tem grande eficiência.

O programa consumirá em 2006 quase 0,5% do PIB (cerca de R$ 8,5 bilhões) para atender 11,1 milhões de famílias --a estimada totalidade dos pobres.

"É um investimento muito pequeno para os resultados que apresenta", afirma Rosani.

O dia em que a reforma agrária acabou

A barbárie dos sem-terra no Congresso expõe o fracasso da utopia agrária que custa caro ao País e produz resultados medíocres.
Por Octávio Costa

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/456/economia/reforma_agraria_acabou.htm

Aos gritos de corruptos, mensaleiros e sanguessugas, eles invadiram o Congresso Nacional. Quebraram vidraças, apedrejaram seguranças, lançaram um carro dentro da Câmara dos Deputados e derrubaram o que viram pela frente. No auge do quebra-quebra, promovido na terça-feira (6/Jun/2006) pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), a deputada Luciana Genro (PSOL-RS) pediu a palavra e fez um discurso apaixonado. Citou as explosões populares ocorridas na América Latina e atribuiu a depredação do Congresso à fome e à falta de perspectiva do homem no campo. No mesmo diapasão, o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), Odílio Scherer, classificou o ato como um “grito de desespero”. Há anos, esse discurso romântico tem servido a dois propósitos. De um lado, justifica e ajuda a tolerar atos de barbárie cometidos por grupos de sem-terra. De outro, adia uma discussão séria sobre custos e benefícios da reforma agrária brasileira, quase sempre apontada como um fim em si mesmo. “Essa reforma tem sido o maior desperdício de dinheiro da nossa história”, diz Xico Graziano, ex-presidente do Incra e especialista em questões agrárias. Em vinte anos, foram gastos R$ 50 bilhões para beneficiar 900 mil famílias. Mas menos de 5% dos 8 mil assentamentos geram renda suficiente – e quase todos recebem até cestas básicas do governo. É um modelo irrigado por bilhões todos os anos, onde se colhe apenas barbárie e vandalismo.

Um líder burguês: Bruno Maranhão, que comandou a depredação do Congresso, é filho de usineiros e vive num apartamento de luxo na capital pernambucana

A ação do MLST começou a ser desnudada no mesmo dia do ataque ao Congresso. Uma fita de vídeo apreendida pela polícia revelou que tudo foi meticulosamente tramado em reuniões ocorridas em Brasília, na sede da Contag, uma organização de trabalhadores rurais financiada pelo Estado. Os líderes do MLST, que treinaram os invasores, discutiram nos mínimos detalhes a invasão do que chamaram de “salão de baile”. E durante quinze dias eles fizeram o levantamento prévio do terreno e da rotina dos seguranças. Um dos militantes resumiu a tática da operação: “É fazer o cavalo doido e entrar arrebentando”. Tudo funcionou com a precisão de um relógio suíço. Sem encontrar resistência, o MLST fincou sua bandeira no Salão Verde. E, literalmente, fez a festa. O pernambucano Bruno Maranhão, secretário nacional de Movimentos Sociais do PT e chefe dos militantes, exultou: “Viemos mostrar ao País que tipo de reforma agrária nós queremos”. Ao justificar tamanho vandalismo, Maranhão, que vive num apartamento de luxo no Recife, argumentou que os parlamentares estariam represando verbas da reforma agrária.

Dinheiro, porém, é o que menos tem faltado para a reforma agrária. Se em 2001 a União destinou R$ 1,7 bilhão ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, a cifra dobrou para R$ 3,3 bilhões no ano passado. A rubrica inversões financeiras, que inclui gastos com desapropriações de terras, pulou de R$ 839 milhões para R$ 1,9 bilhão. Além disso, todos os anos os assentados têm acesso a uma verba de R$ 2 bilhões do Pronaf – Linha A, que é liberada quase a fundo perdido. E há ainda ONGs ligadas a movimentos de sem-terra, como a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), o Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (Iterra) e a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária (Concrab), que recebem repasses federais para treinamentos no campo. Só no ano passado foram R$ 9,5 milhões. “O fato é que, nesses convênios, mal se presta conta do que se gasta”, diz o deputado Abelardo Lupion (PFL-PR), que foi um dos principais parlamentares da CPMI da Terra. É desse dinheiro dos convênios que sai a verba que paga os ônibus e as diárias dos “militantes”. Muitos dos 580 sem-terra que depredaram o Congresso e terminaram presos admitiram à polícia que receberam dinheiro para ir a Brasília – uma das promessas era a chance de conhecer o presidente Lula.

Arruaça: Carro jogado no Congresso e estilhaços dos vidros foram o retrato do vandalismo

Para resumir a história, gasta-se muito no Brasil com a reforma agrária mas o resultado é pífio. A área que já foi transferida aos assentamentos no Brasil é próxima a 40 milhões de hectares – pouco menos dos 45 milhões de hectares usados pelos agricultures nacionais para produzir 120 milhões de toneladas de grãos. “Seria mais barato dar bolsa-família para os assentados e treiná-los em programas de capacitação profissional”, diz Graziano. Não há informação oficial sobre o que se produz nos assentamentos. Mas sabe-se que, na maioria deles, existe apenas uma agricultura de subsistência. Pesquisa do Vox Populi, feita para a Confederação Nacional da Agricultura, constatou que apenas 40% das famílias permanecem nos assentamentos. Os demais preferem revender os lotes. Além disso, mais de 80% dos militantes sem-terra jamais trabalharam no campo. “São desempregados urbanos, arregimentados por líderes com pretensões revolucionárias”, diz o advogado Diamantino Silva Filho, especializado em conflitos de terras.

Esse quadro acabou criando uma situação inusitada no Brasil. No mundo de quem realmente produz, há milhares agricultores abandonando suas terras em função da baixa rentabilidade das lavouras. Só nos últimos dois anos, os prejuízos do campo somaram R$ 30 bilhões. No mundo da utopia agrária financiada pelo Estado, há um exército de desempregados urbanos, sem experiência no trato com a terra, sendo atraídos para as fazendas. “Eles vêm apenas porque enxergam uma via de acesso rápido ao dinheiro público”, diz o deputado Lupion. Quem é do campo afirma que seria muito mais eficiente apoiar quem realmente tem vocação para a agricultura. Era assim no regime militar, quando a reforma agrária era chamada de colonização. “Na nossa época, o teste era olhar para a mão do sujeito; se fosse calejada, ele era agricultor”, relembra o ex-ministro Alisson Paulinelli. Hoje, ele diz que movimentos como o MLST viraram abrigo de pessoas que quase sempre não têm interesse nem vocação para plantar.

Exagero? Como explicar, então, a presença da jovem Francielli Ascêncio na invasão da Câmara. Identificada pela aparência de classe média e pela tatuagem no dorso, Francielli ganhou destaque nas cenas de violência ao destruir com o pilar de ferro os terminais de informação da Câmara. Quem é ela? Ex-vendedora de roupas, Francielli decidiu se juntar a um movimento de sem-terra em Uberaba, para subir na vida. É gente assim que tem engrossado os exércitos de “militantes”. Só em Uberada existem quatro movimentos como o MLST. No Brasil, credenciados junto ao Incra, já são mais de 50. É desse casamento de interesse entre o radicalismo amalucado de um Bruno Maranhão e a desilusão de jovens desempregados que tem surgido o caldo de cultura para a violência agrária, paga e incentivada pelo poder público. “O Congresso viveu seu dia de campo e os parlamentares viram o que acontece todo dia nas fazendas”, diz Antônio Ernesto de Salvo, presidente da Confederação Nacional da Agricultura. “O duro é que o Brasil é o único país que ainda aceita financiar a destruição de quem produz”. Passado o baile do MLST, espera-se que, finalmente, a reforma agrária brasileira – tal como concebida – comece a sair da agenda do País.



Pois é querido Lula... está ai o resultado de suas ações de populismo! Lembre-se sempre daquele ditado, "quem cria cobras..."

06 junho 2006

Green Card, Imigração, Propaganda, Sem Terra...

Já faz algum tempo que tenho reparado que alguns sites grandes e conceituados daqui do Brasil têm exibido aquelas propagandas sobre imigração para os Estados Unidos, do tipo "Loteria Governamental", "Você foi Sorteado - Green Card!", etc. Ainda não tive a curiosidade de clicar em um desses anúncios, mas quando tiver tempo sobrando (e um micro bem protegido com firewall, anti-virus, etc, hehehe) vou clicar em algum deles e ver o tanto de bullshit que eles certamente falam!

Complementando (edit): parece que realmente existe uma tal "loteria de vistos" que o governo americano faz, e o que estas empresas das propagandas fazem é intermediar o seu cadastramento nesta loteria, tipo um despachante entre você e o Detran.

Ah, hoje vi uma noticia sobre meus queridos "sem terra". Novamente eles mostraram que tipo de gente são e fizeram um "belo" quebra-quebra lá em Brasília. E não se esqueçam do episódio que aconteceu a alguns meses no Rio Grande do Sul, quando os sem-terra destruíram as dependências da Aracruz, jogando fora vários anos de pesquisas, destruindo mudas de eucalipto prontas para plantio e também mudas híbridas, além de terem destruído equipamentos e instalações da empresa.

23:30 da noite... acho que está na hora de ir para casa!

03 junho 2006

Pneus x Performance

Após uma semana, hoje finalmente pude fazer um "test drive" de verdade nos novos pneus que estão equipando minha T-Type, um par de pneus Kenda 26x1.95" mistos (slick no centro e com cravos apenas nas laterais).

Resultado? Ganhei 10 minutos em cada um dos sentidos no meu trajeto casa/trabalho! Nas subidas não há o que fazer, a gravidade é a grande inimiga, sugando nossas forças enquanto acumulamos energia potencial morro acima, mas no plano a diferença já é notável, sendo possível manter médias de velocidade bem melhores! Percebe-se isso muito bem pela relação de marchas utilizada, mesmo se não existir um velocímetro disponível. Mesmo em descidas suaves, é possível atingir velocidades consideráveis quando a ação da gravidade é complementada com um giro leve do pedal!

Ah, diferenças de conforto? Nenhuma... Enfim, recomendo este "upgrade" para quem pedala na cidade, com velocidades medianas. Para quem anda devagar, passeando ou porque o trajeto não permite, não há diferença palpável.



Ainda faltam duas semanas até o feriado... A saudade da namorada está cada vez maior! Mas a espera sempre é recompensada pelo prazer de estar nos braços da minha amada...



Para quem não percebeu quando eu estava falando dos pneus, hoje (Sábado) também foi dia de trabalho... Faz parte!