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21 setembro 2006

Bicicleta vence automóvel em "corrida" no rush paulistano

Uma "corrida maluca" realizada ontem (20/Set) entre seis meios de transporte diferentes, verificou que cruzar a cidade de São Paulo de bicicleta na hora do rush só não é mais rápido do que ir de moto. Depois destes vêm o ônibus (utilizando corredores exclusivos), o carro, o trem integrado com metrô e o ônibus comum (sem corredores) integrado com metrô.

Às 18h15, um grupo de amigos partiu da Praça General Gentil Falcão, na altura do número 1000 da Avenida Luiz Carlos Berrini, na zona sul da cidade, em direção ao prédio da Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central, utilizando bicicleta, moto, carro, ônibus, metrô e trem.

A disputa terminou às 20h04. O motociclista concluiu seu percurso em 44 minutos e 32 segundos. Um ciclista que fez um caminho alternativo de 13 quilômetros por vias centrais gastou 48 minutos e 20 segundos. Outro ciclista completou um percurso de 18 quilômetros por vias principais em 52 minutos e 15 segundos.

Já o participante que estava num ônibus (com trajeto que utiliza corredores exclusivos de ônibus) completou o percurso em uma hora e seis minutos, e quem seguiu a prova em um carro, em uma hora e dezesseis minutos.

Quem dependeu de trem e metrô gastou uma hora, 23 minutos e 50 segundos. O último participante, que fez o trajeto de ônibus e metrô, finalizou o trajeto em uma hora, 39 minutos e 23 segundos.

A segunda colocada, Cinthia Morales, de 39 anos, comprovou que os veículos de duas rodas são sempre uma boa opção também. Cinthia, que é arquiteta e empresária, pedala desde os 7 anos de idade. Ela disse que, se possível, não troca a bicicleta por nada e já chegou a ir algumas vezes de "bike" da Pompéia, onde mora, até Alphaville, onde trabalha. O maior problema, segundo ela, são as travessias de pontes na Marginal Tietê. Nesta quarta-feira, a maior dificuldade ao sair da Berrini em direção ao centro da cidade foi nas proximidades do Obelisco, no Ibirapuera, e na Rua Vergueiro, já na Liberdade. Ela contou que recebeu uma fechada já perto do centro da cidade. Na média, fez o percurso em 18,5 quilômetros por hora, mas chegou atingir 50 quilômetros por hora em alguns momentos, apesar do trânsito.

Mariana Cavalcante, de 30 anos, fez o percurso de carro. Ela disse que quase não passou para a terceira marcha. Mariana contou que ficou estressada e muito cansada no carro. Além disso, gastou quase 5 minutos para estacionar quando chegou na prefeitura.

Batizada de 1º Desafio Intermodal, a corrida foi uma iniciativa de três ONGs de ciclistas, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, e teve como inspiração um evento semelhante realizado em 31 de agosto no Rio. Na versão carioca, a moto e a bicicleta também chegaram antes.

Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u126179.shtml
http://oglobo.globo.com/sp/transito/mat/2006/09/20/285748688.asp
http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2006/set/20/380.htm

20 setembro 2006

22 de Setembro: Dia mundial sem carros

Nesta sexta-feira, 22 de setembro, acontece mais uma edição do Dia mundial sem carros, uma manifestação que surgiu da preocupação relacionada com a qualidade do ar das grandes cidades do mundo, somado aos crescentes problemas relacionados com o uso do automóvel. Esta iniciativa propõe a todos interessados que deixem de utilizar seus automóveis e motocicletas nesta data, utilizando outros métodos de transporte para seus deslocamentos, como o transporte coletivo por ônibus ou trens, bicicletas ou até mesmo caminhadas.

A cidade de São Paulo está oficialmente participando como apoiadora do evento, mas ainda longe do status de participante, em que seria necessário fechar uma grande avenida da cidade para o trânsito de automóveis. Sendo realista, é melhor a cidade ficar como apoiadora mesmo, pois com a atual cultura da nossa população, a participação de São Paulo, com o conseguente fechamento de uma importante avenida, causaria muitos transtornos...

E como uma prévia desta data, acontecerá hoje em São Paulo um desafio intermodal, semelhante ao que aconteceu no Rio de Janeiro (já publicado aqui), em que várias pessoas vão se deslocar entre dois pontos da cidade, no horário de pico do trânsito, utilizando diversas formas de transporte, como ônibus, trem, metrô, carro, moto e bicicleta. Neste desafio, além de medir o tempo gasto por cada "categoria", também é calculada a quantidade de poluentes que cada categoria emite.

14 setembro 2006

Pedalando novamente!

Sim! Estou de volta ao escritório da empresa onde trabalho, e já neste primeiro dia vim pedalando em minha bicicleta. Só de saber que eu viria de bike, já fiquei mais animado e até acordei mais cedo.

E para tentar incentivar outras pessoas, inclui no site Bikely a rota que faço para vir ao trabalho, saindo da Vila Mariana, na região do Metrô Ana Rosa, até a Chácara Santo Antônio, próximo da estação Granja Julieta da CPTM. A rota pode ser consultada por este link [http://www.bikely.com/maps/bike-path/Metr-Ana-Rosa-Esta-o-Granja-Julieta-CPTM] ou por qualquer outro internauta navegando pelo site Bikely.com.

PS: não sou eu na foto... hehehe

13 setembro 2006

Um dia de fúria

TrânsitoHoje, no meu caminho para o trabalho, fui reparando na situação em que eu me encontrava: suportanto um calor intenso, incomum para esta época do ano, com os termômetros marcando 30 graus ou mais logo pela manhã, enquanto aguardava pacientemente o trânsito fluir, já que este também não estava nem um pouco agradável nesta manhã.

Um Dia de FúriaProcurando me distrair, reparava nos outros carros e motoristas, bem mais impacientes do que o normal, fazendo suas barbaridades e buzinando até para pensamentos, como se o som estridente das buzinas de seus carros importados fosse fazer com que os outros veículos sumissem das ruas. Não tive como não me lembrar do filme "Um dia de Fúria"!

Exceto pelo calor, eu não tinha motivos para me estressar, pois estava indo para o trabalho de ônibus, e havia saido mais cedo de casa. E foi assim que fiquei durante o caminho todo: ligeiramente incomodado pelo calor, porém rindo das barbaridades que os outros motoristas faziam. Algumas constatações foram que os carros que mais buzinam são aqueles mais caros e novos, e com piores motoristas! Aqueles que estão ao volante de um carro novo e caro devem se considerar melhores que as outras pessoas, e imaginar que têm alguma prioridade no trânsito, ou ainda suas buzinas são um tipo de ameaça, como "Olha aqui! Estou me enfiando na sua frente e se você bater em mim, o conserto do meu carro não vai ser barato...". E sobre os piores motoristas, parece que estes grudam a mão na buzina ao menor sinal de que algum outro veículo vai interferir no caminho ideal deles, descontando com indesejados decibéis qualquer desvio que eles sejam obrigados a fazer com aquela dificuldade que um motorista ruim ou inexperiente tem (devagarzinho, olhando para todos os lados, mostrando a todos que eles não tem noção do espaço ocupado pelo seu veículo e qual a reação dele aos comandos de direção), enquanto os outros motoristas desviam sem fazer barulho, e em um quinto do tempo.

01 setembro 2006

Está provado: Chegue mais rápido de bike do que de carro!

Corrida na metrópole
Fonte: Jornal da Globo

No início da noite de quinta, uma ONG do Rio de Janeiro promoveu uma corrida curiosa, com um objetivo nobre. Qual será o meio de transporte mais eficiente para enfrentar o trânsito na cidade: moto, ônibus, carro, metrô ou bicicleta?

Centro do Rio, 18h. Vai começar uma corrida diferente. Uma corrida de obstáculos: os engarrafamentos. O destino é o Leblon, bairro da zona sul do Rio – trajeto de 15 quilômetros.
Cláudio vai de carro. Está otimista. “Vai levar uns 40 minutos”, prevê. Érica, vai de metrô. Sobrou para Carol enfrentar o ônibus na hora do rush. Acha que deu sorte. “O ônibus está vazio, isso é bom”. E João desliza na bicicleta. “Ultrapassando todo mundo”, ele repete.

O trajeto
Na avenida congestionada, Carlos pega um atalho. Mas não vai longe: é barrado pela carga e descarga fora de hora.

O congestionamento é implacável para quem está nele. “Acho que vai ser meio enroscado para chegar lá”, desanima-se Carol.

Érica segue de metrô. “O carro vai estar parado, como o ônibus.

Fácil adivinhar onde está o automóvel. Dezessete minutos depois da largada, Cláudio ainda estava no centro do Rio de Janeiro. “Não tem transporte melhor em cidade do que metrô”, admite.

Mas o metrô ainda não chega a todos os lugares. No fim da linha, Érica continua a corrida – de ônibus.

Com 30 minutos de prova, liderava quem ocupa menos espaço no trânsito: João, em sua bicicleta. “Tranqüilidade, vento no rosto...”.

O resultado
Na linha de chegada, nenhuma surpresa: um motoqueiro levou 40 minutos. Em seguida, chegou o ciclista, em 48,5 minutos.

Uma hora e dois minutos para Érica, que usou metrô e ônibus. Carlos, de carro, levou uma hora e 13 minutos.

Chegou por último quem andou só de ônibus: uma hora e 20 minutos no trânsito.

Os dados, agora, vão ser enviados para as autoridades de tráfego. É uma tentativa de incentivo ao uso da bicicleta como alternativa de transporte. “No começo cansa, mas com o tempo você vai melhorando o seu preparo físico, melhorando a sua saúde, e conseqüentemente, a saúde da cidade também”, acredita o presidente da ONG Transporte Ativo, Fernando José Lobo.