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01 setembro 2006

Está provado: Chegue mais rápido de bike do que de carro!

Corrida na metrópole
Fonte: Jornal da Globo

No início da noite de quinta, uma ONG do Rio de Janeiro promoveu uma corrida curiosa, com um objetivo nobre. Qual será o meio de transporte mais eficiente para enfrentar o trânsito na cidade: moto, ônibus, carro, metrô ou bicicleta?

Centro do Rio, 18h. Vai começar uma corrida diferente. Uma corrida de obstáculos: os engarrafamentos. O destino é o Leblon, bairro da zona sul do Rio – trajeto de 15 quilômetros.
Cláudio vai de carro. Está otimista. “Vai levar uns 40 minutos”, prevê. Érica, vai de metrô. Sobrou para Carol enfrentar o ônibus na hora do rush. Acha que deu sorte. “O ônibus está vazio, isso é bom”. E João desliza na bicicleta. “Ultrapassando todo mundo”, ele repete.

O trajeto
Na avenida congestionada, Carlos pega um atalho. Mas não vai longe: é barrado pela carga e descarga fora de hora.

O congestionamento é implacável para quem está nele. “Acho que vai ser meio enroscado para chegar lá”, desanima-se Carol.

Érica segue de metrô. “O carro vai estar parado, como o ônibus.

Fácil adivinhar onde está o automóvel. Dezessete minutos depois da largada, Cláudio ainda estava no centro do Rio de Janeiro. “Não tem transporte melhor em cidade do que metrô”, admite.

Mas o metrô ainda não chega a todos os lugares. No fim da linha, Érica continua a corrida – de ônibus.

Com 30 minutos de prova, liderava quem ocupa menos espaço no trânsito: João, em sua bicicleta. “Tranqüilidade, vento no rosto...”.

O resultado
Na linha de chegada, nenhuma surpresa: um motoqueiro levou 40 minutos. Em seguida, chegou o ciclista, em 48,5 minutos.

Uma hora e dois minutos para Érica, que usou metrô e ônibus. Carlos, de carro, levou uma hora e 13 minutos.

Chegou por último quem andou só de ônibus: uma hora e 20 minutos no trânsito.

Os dados, agora, vão ser enviados para as autoridades de tráfego. É uma tentativa de incentivo ao uso da bicicleta como alternativa de transporte. “No começo cansa, mas com o tempo você vai melhorando o seu preparo físico, melhorando a sua saúde, e conseqüentemente, a saúde da cidade também”, acredita o presidente da ONG Transporte Ativo, Fernando José Lobo.